Tema: O "passo a passo" das figuras de som
Objetivos:
·
Apreciar
duas canções e perceber diferenças entre elas.
·
Entender
o que a pulsação por meio do corpo
·
Compreender
figuras rítmicas por meio de palmas
Estratégias metodológicas:
Retomei com os alunos o assunto da aula anterior, pois alguns alunos faltaram e poderiam não entender as próximas atividades. Prosseguindo, fui ao quadro e desenhei novamente a semibreve, dividi-a ao meio e expliquei os valores das figuras por ordem de valor. Então eu disse que para compreendermos melhor os valores dessas figuras precisávamos entender o conceito de pulsação.
Coloquei no aparelho de som uma
canção que tem a marcação da pulsação em evidência e pedi aos alunos que ouvissem
com bastante atenção. Em seguida coloquei a mesma canção, porém outra faixa, sem
a evidência da marcação e perguntei se era a mesma música. Foi unânime as respostas em todas as duas turmas. Por conter na primeira faixa o som do metrônomo e na segunda não, eles me responderam que era música diferente. Então coloquei a canção novamente e pedi para prestarem atenção na melodia das duas faixas e logo após me responderem (eles já sabem o que é melodia). A partir disso, cantamos um trechinho da canção para definir se era a mesma música ou não. Só aí me disseram que sim. Alguns me falaram que tinha uma diferença.
Perguntei o que perceberam de diferente entre as
duas canções. Um aluno disse que uma música tinha um "toquinho" que a outra música não tinha. Exato! Perguntei se alguém saberia me dizer o que seria esse "toquinho". Uns não sabiam responder, outros demonstraram batendo as mãos na mesa e assim fomos conversando até chegar na palavra PULSAÇÃO. Quando ficou claro que pulsação seria a batida constante que orienta o andamento da música, pedi que ficassem de pé para realizarmos um exercício.
Utilizei a ideia inicial do
método “O passo” de Lucas Ciavatta para os alunos ampliar a concepção de pulsação. Não estou utilizando todo o método em meu estágio, apenas a base do método que é o passo. Quem quiser saber mais sobre esse método já fiz uma postagem em outro dia sobre isso.
Utilizei uma canção chamada "Bola de meia, bola de gude" do grupo 14 Bis e pedi aos alunos que tentassem achar a pulsação da canção movimentando alguma parte do corpo. Rapidamente os alunos entenderam e achavam a pulsação da música balançando a cabeça, ou mãos na mesa, ou pés. Disse a eles que
existe marcação de quatro, três e dois pulsos, (Esses são os que eles precisam
saber por enquanto) e que é preciso sentir esses pulsos com o próprio corpo.
Para começar vamos ouvir essa canção novamente (escolher qualquer canção que se encontra
em compasso quaternário) e marcar com o nosso passo. Disse aos alunos que teriam que imaginar um quadrado à sua frente e dar passos marcando os quatro pulsos.
Esse será o chefe do seu ritmo, desse modo:
As pernas vão movimentando-se em
ordem em cima dos números. Comece pisando no número 1 (imaginário, pois isso é
demarcado no pensamento), em seguida com o outro pé no 2 e volte o corpo
pisando com pé que pisou no número 1, pisa no 3 e o pé do 2 pisa no 4. Pedi aos alunos que tentassem fazer acompanhando o andamento da canção. Quem se sentisse a vontade poderia começar. E assim um após o outro foram tomando coragem e marcando o passo de acordo com a pulsação da música. Depois utilizei outra canção mais lenta "Família Reloginho" de Hélio Ziskind, para fazerem o mesmo exercício. Essa ficou um pouco confusa no início, mas depois pegarram "o passo".
Em seguida, tirei a canção e pedi que continuassem com o passo. Dei uma nova informação que a partir daquele momento iríamos
destacar um número batendo uma palma ao colocar o pé nele. Por exemplo:
1
2 3 4 (atividade representando a semibreve)
1
2 3 4 (atividade
representando a mínima)
1
2 3 4
1
2 3 4
(atividade representando a semínima)
Aumentei o desafio:
Agora, duas palmas (colcheia) no número.
Agora, duas palmas (colcheia) no número.
O número que estiver marcado por um
traço, todos baterão uma palma. Alternar destacando vários números e
combinações batendo palmas entre dois ou mais números.
Perguntar aos alunos se eles
perceberam em quais momentos representamos as figuras semibreve, mínima,
semínima e colcheia. Repeti algumas séries da atividade para que percebessem.
No final, peguei um tamborim e coloquei no meio da sala. Pedi que um aluno fosse até o instrumento e executasse uma semibreve tomando o exercício do passo como referência e no lugar de palma tocaria no tamborim. Fiz com diversas figuras. O resultado foi por exemplo, na semibreve a criança toca no número 1 e não mais nos outros números, entendendo que ela fez Ta-a-a-a, ou seja, 1-2-3-4 e assim por diante com as outras figuras.
No final, peguei um tamborim e coloquei no meio da sala. Pedi que um aluno fosse até o instrumento e executasse uma semibreve tomando o exercício do passo como referência e no lugar de palma tocaria no tamborim. Fiz com diversas figuras. O resultado foi por exemplo, na semibreve a criança toca no número 1 e não mais nos outros números, entendendo que ela fez Ta-a-a-a, ou seja, 1-2-3-4 e assim por diante com as outras figuras.
Link para saber mais de "O passo"
Link da música Bola de meia, bola de gude:
Link da música Família Reloginho:
Informação Importante para o professor:
Sabemos que as figuras de som e silêncio não tem valor definido, é o compasso que as define, porém no ensino direcionado para crianças onde o começo dessa teoria musical é muito abstrata e vamos ensinar os primeiros compassos simples: 2/4; 3/4 e 4/4, nestes ficar por muito tempo, podemos dar esses valores às figuras até fixar concretamente a prática de leitura ritmica. O que o professor pode fazer nessa etapa é informar que as figuras nem sempre terão os mesmos valores e que em outro momento eles aprenderão sobre isso (compasso composto, outros valores da figura, etc.)
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