Dando continuidade ao estágio, aulas da semana 2, me propus a avançar com os alunos na leitura rítmica.
Tema: Figuras de Som e Silêncio - parte 2
Objetivos:
* Desenvolver a leitura rítmica;
* Ampliar conceitos de valores das figuras;
* Relacionar os valores das figuras à sentenças matemáticas;
Estratégias Metodológicas e relatos da experiência:
Iniciei a aula conversando com os alunos perguntando como foi a semana. Em ambas as turmas o assunto rendeu. Alguns quiseram contar o que fizeram e eu permiti a fim de me aproximar mais dos alunos e eles se sentirem cada vez mais seguros com a minha presença. Então fui em direção ao quadro, desenhei um círculo grande um pouco oval e perguntei aos alunos se sabiam o que era o meu desenho. Todos responderam que era um círculo. Eu perguntei qual era o nome do desenho em música. Na turma 2 uma aluna me disse que era a semibreve. Já na turma 1 nenhum dos alunos me deram a resposta que eu esperava. Então tive que melhorar minha pergunta dizendo que era uma figura das que eles conheceram nas aulas anteriores. Somente assim eles me disseram que o nome era Semibreve.
Disse aos alunos que todas as figuras era metade de outra, exceto uma e perguntei qual era. Vi que começaram a me olhar com expressão de dúvida. Melhorei. Expliquei a eles que havia uma figura que além do nome, também era conhecida como uma figura inteira, apontando para a semibreve. Ela é uma figura inteira e não é metade de nenhuma outra. No entanto, se eu fizesse um risco, dividindo ela ao meio, existiria uma figura para compor a semibreve. (Nesse momento parecia que eu estava falando outra língua na sala e os alunos estavam se esforçando para me entender... rsss) Distribuí diversas cartinhas de figuras para cada aluno colocar sobre a mesa para poderem refletir sobre o assunto:
Se encontram nesse link:
Fui para o desenho:
Quanto vale a semibreve que vocês já aprenderam? Responderam sem dúvida: 4.
Então se eu a dividir ao meio quanto valerá cada parte dela? 2.
Qual é a figura que vale 2? Mostre-me levantando a cartinha que está em suas mesas.
Vi que aos poucos os alunos foram fazendo inferências e entendendo o assunto. Porém só depois que distribuí as cartinhas de figuras para eles. Percebi que precisavam de algo concreto para compreender. Mostrei então que duas mínimas equivaliam a uma semibreve.
Aumentei o desafio partindo a semibreve em quatro partes:
Quanto vale a mínima? Responderam: 2
Ela é a metade da semibreve não é? Então vejamos: Se uma vez parti a semibreve ao meio e a parte dela ficou valendo 2, qual será agora o valor se eu partir essa metade em outra metade? Sempre tem um aluno que compreende rápido e responde. Nesse momento uma aluna levantou a cartinha da semínima respondendo que precisava de duas dela para valer a metade da semibreve. Eu completei seu raciocínio perguntando: Então de quantas figuras dessa (apontei para a semínima) eu preciso para formar a semibreve, a inteira? Junte para mim a quantidade de cartinhas.
Nas duas turmas teve crianças que compreenderam e as que não compreenderam. Então voltei ao quadro e repeti a explicação. Depois dei os mesmos exemplos utilizando as cartinhas na mesa daquela criança que não havia compreendido. O resultado foi satisfatório. Estou falando de duas turmas com seis alunos em cada. Em cada realidade é preciso que o professor se atente e utilize de estratégias que se adapte ao perfil de seus alunos.
Perguntei aos alunos quais as possibilidades de figuras poderíamos formar para se ter a semibreve e pedi que formassem quantas conseguisse com as cartinhas. O resultado foi:
mínima + mínima= 2 + 2
mínima + semínima + semínima= 2 + 1 + 1
semínima + semínima + mínima= 1 + 1 + 2
semínima + mínima + semínima= 1 + 2 + 1
semínima + semínima + semínima + semínima= 1 + 1 + 1 + 1
Observar os alunos todo o tempo, intervindo sempre que achar necessário. Finalizei a aula percebendo que as crianças compreenderam o processo de valor das figuras até a semínima.
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